“Uma ideia na cabeça e uma câmera na mão” é a frase mais representativa do Cinema Novo, um movimento pós-Segunda Guerra Mundial que revolucionou a arte de contar histórias cinematográficas. Nem mesmo quando a indústria fonográfica se viu às voltas com a tecnologia MP3 o mundo poderia imaginar o que significaria a releitura da máxima do Cinema Novo: com o nascimento do YouTube, o que mais se falava era “uma ideia na cabeça e um smartphone na mão”. Mas você está enganado se acha que são adultos os maiores entusiastas dessa nova onda da Internet no mundo.

Os youtubers mirins, hoje, também são uma realidade. Eles chegaram sem perder tempo, tomando conta do pedaço. Neste artigo vamos mostrar o que acontece com crianças e adolescentes cujos principais ídolos são celebridades que têm a mesma idade que eles. E mais: se você quer saber o que estimula o seu filho a criar seu próprio canal, continue a ler este artigo, pois vamos mostrar o que se passa nesse fenômeno mundo infantojuvenil.

A evolução em um curto espaço de tempo

Quando o YouTube chegou, era um promissor repositório de vídeos. Os usuários começaram a testar a novidade e o potencial logo foi descoberto: tratava-se de uma poderosa plataforma de distribuição de conteúdo próprio e isso poderia revolucionar o mundo do conteúdo televisivo via streaming.

Com uma boa ideia, um smartphone, um pouco de dedicação e uma conta no YouTube, conteúdos cada vez mais empáticos se multiplicaram a uma velocidade absurdamente incomum para os padrões da época.

Surgiram, então, os canais criados para atender à demanda infantojuvenil. No entanto, esses canais eram apresentados por adultos que, para se aproximarem do público, começaram a se infantilizar. Parece que isso não atendeu exatamente ao que os pequenos queriam, o que levou as crianças e adolescentes a criarem seus próprios canais, ganhando espaço, de forma competitiva, na nova mídia.

Com a palavra, o YouTube

Em 6 de março de 2016, o YouTube afirmou para o jornal Estado de São Paulo que “As crianças e jovens de hoje querem fazer parte da produção de conteúdo que consomem. Não querem mais assistir passivamente aos conteúdos envelopados”. Isso não era uma profecia, mas uma constatação que hoje pode ser medida em números expressivos, como veremos a seguir. Falaremos, então, sobre 5 coisas que você precisa saber sobre youtubers mirins. Fique de olho! 😉

1. YouTubers mirins consomem mídia de uma forma diferente

Conforme previsto pelo próprio YouTube, a nova geração de produtores de conteúdo infantojuvenil está consumindo mídia de uma forma diferente. Não precisa se limitar ao horário da programação da TV, basta encontrar o que quer assistir e apertar o play.

Melhor do que isso: com uma ideia e a câmera de um celular, é possível produzir um conteúdo que os colegas e familiares podem assistir e curtir. Essas curtidas vêm crescendo tanto que algumas brincadeiras inocentes estão se tornando fonte de receita adicional para a família. Em alguns casos, a receita passou a ser a principal.

2. YouTubers mirins podem ser recordistas bem cedo

Nos Estados Unidos, um garoto de 9 anos de idade é detentor de recordes incomuns: Ryan, do canal Ryan’s World (Mundo de Ryan), com apenas um vídeo registrou, em novembro de 2020, mais de 2 bilhões de visualizações assistidas por mais de 27 milhões de inscritos em seu canal.

Os vídeos do canal de Ryan já tiveram mais de 43 bilhões de visualizações. Nem é preciso dizer que isso foi convertido em receita, até porque Ryan é considerado pela revista Forbes como o youtuber mirim mais bem pago do mundo: ele faturou cifras como 11 milhões de dólares em 2016 e 2017, que subiram para 22 milhões em 2018 e 26 milhões de dólares em 2019.

3. O Brasil tem suas pequenas celebridades

Os youtubers mirins utilizam brincadeiras e experiências engraçadas, contam sua rotina e conquistam milhares de seguidores. Em especial, eles adoram dar dicas sobre brinquedos (é o chamado unboxing).

Podemos relacionar alguns youtubers mirins brasileiros com resultados excelentes:

– Planeta das Gêmeas – Melissa e Nicole são gêmeas que adoram postar brincadeiras, desafios e experiências em família. De vez em quando cantam sucessos compostos pela própria dupla e, com isso, têm quase 14 milhões de inscritos em seu canal.

– Isaac do VINE – O famoso garoto que produzia vídeos de humor bem curtos na plataforma Vine resolveu migrar para o YouTube e mandou muito bem: hoje ele contabiliza mais de 8 milhões de seguidores que curtem cada vídeo que Isaac posta na plataforma.

– Júlia Silva – Com apenas 15 anos, Júlia Silva detém a super marca de quase 5 milhões de inscritos em seu canal. O que ela faz? Mostra, com descontração e diversão, momentos da sua vida, sua rotina, suas viagens e muitas brincadeiras. Além de tutoriais, seu conteúdo é bem diverso e contempla resenhas, entrevistas, lançamentos e, é claro, unboxing.

Se você quiser mais, temos outras dicas de bons canais de youtubers mirins brasileiros: Bela Bagunça, Juliana Baltar, Fran para Meninas, Crescendo com Luluca, Mundo da Menina, Carol Santina, Vida de Amy, e a lista continua! Enfim, as pequenas e jovens celebridades estão se multiplicando também por aqui, em nossas terras.

4. YouTubers mirins muitas vezes são patrocinados ou faturam muito bem

Não são poucos os canais de youtubers mirins patrocinados ou que faturam muito com a sua audiência. É claro que, quando falamos em youtubers mirins, consideramos que as cifras milionárias do mercado dos EUA são diferentes do que acontece no Brasil, mas é possível imaginar que existem fontes muito interessantes de receita para os canais de nossas pequenas celebridades.

Se bem orientados, os pequenos youtubers podem garantir uma boa poupança. Os canais têm receita das propagandas comercializadas pelo próprio YouTube, mas também recebem patrocínios, receitas de merchandising, promoções e participam de campanhas publicitárias. Sem contar os convites para eventos e outras oportunidades que a criatividade do mundo do marketing sempre está pronta para colocar em ação.

Isso é muito bom, mas é preciso estar atento, porque nem tudo são flores. Quando o projeto é feito sem preparo, suporte e orientação técnica, educacional e emocional, há riscos que devem ser considerados. Confira o próximo item!

5. Todo cuidado é pouco quando se trata do bem-estar dos nossos filhos

Naturalmente, existem certas restrições e cuidados que precisam ser tomados para não comprometerem o desenvolvimento e o bem-estar da garotada. Por exemplo: a idade mínima que uma pessoa precisa ter para criar uma conta no YouTube é de 13 anos. Além disso, os especialistas vêm analisando os riscos desse mercado e são enfáticos em dizer que é preciso preparo, supervisão e monitoramento. 

Dentre os cuidados, enumeramos alguns de muita importância:

– Orientar para que os canais estimulem as crianças a curtirem a infância e não incentivarem a pular etapas, pressionando-as a querer crescer logo;

– Supervisionar as crianças e jovens para que saibam lidar com a superexposição na sociedade, saibam utilizar o canal de forma a não ser apenas a satisfação de um ideal vazio de fazer sucesso, ficar rico e famoso;

– Preparar as pequenas celebridades para o fato de que elas crescerão e novos youtubers mirins chegarão ao mercado, com novidades que poderão eventualmente descartá-las, tomando os seus lugares.

Sabendo usar o conhecimento, não vai faltar o bom proveito!

Nós, da codeBuddy, acreditamos que, ao aprender a produzir e publicar um vídeo para o YouTube, seu filho desenvolve melhor habilidades de eloquência, criatividade, percepção de qualidade de iluminação, som e até edição de vídeos.

Temos a convicção de que, ao experimentar o processo de produção no papel de youtubers mirins, as crianças aprendem que tanto o lazer quanto o trabalho podem ser responsáveis, produtivos e divertidos ao mesmo tempo. Tratamos desse assunto em nosso artigo “YouTube: é melhor proibir ou controlar?” Veja, antes o que é preciso considerar para tomar a sua decisão. E quanto a isso, nós ajudamos! Sabe por quê?

Somos especializados em facilitar o aprendizado por meio da prática, por isso desenvolvemos o curso YouTube, Câmera e Ação!. Em quatro aulas online, ao vivo e com todo o suporte necessário dos nossos professores, seu filho terá a oportunidade de receber as orientações necessárias para produzir seus vídeos e publicá-los em seu próprio canal no YouTube. Tudo com suporte profissional e muita responsabilidade, aprendendo também dicas de segurança para um bom convívio na plataforma!

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Lembre-se: falou em empreendedorismo digital, falou codeBuddy!