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Cultura Maker: criatividade e tecnologia que vão dominar o mundo

Postado em 6 de setembro de 2017 - por codeBuddy

As grandes potências mundiais, como os Estados Unidos, surgiram por causa dos makers: pessoas curiosas e dotadas de espírito engenhoso e empreendedor, cujas naturezas livres deram início às novas indústrias. Já deu pra entender um pouco o que cultura maker significa, não é?

A verdade é que a cultura maker sempre esteve presente em nossas vidas, porém agora ela se tornou uma tendência mundial que chegou para revolucionar as instituições de ensino e trazer uma infinidade de novas possibilidades aos futuros integrantes do mercado de trabalho.

O movimento tem ganhado tanta expressão que até uma feira para celebrá-lo foi criada. E ela é incrível!

A Feira Maker

Dale Dougherty, um estadunidense amante de tecnologia e editor da Revista MAKE, criou o maior evento de DIY (“Do It Yourself “, ou “Faça Você Mesmo”) do mundo.

Chamado de Maker Faire, ou “Feira Maker”, em tradução livre, seu objetivo é celebrar a inovação, a criatividade e o uso da tecnologia no nosso dia a dia.

O que é exatamente a Maker Faire?

Ela pode ser definida em três partes: feira de ciências, feira de cultura pop e “algo tão novo e revolucionário que ainda não tem nem definição”. Sentiu um friozinho na espinha? Eu senti! A possibilidade de explorar o infinito parece extraordinária sob um novo ponto de vista.

É um evento para todas as idades, que reúne entusiastas da tecnologia, artistas, educadores, curiosos, engenheiros, clubes de ciências, autores, estudantes e até comerciantes. Todos que são considerados makers fazem parte dela.

Afinal, eles vão à feira para expor o que criam e compartilhar com o restante do mundo o que aprenderam com suas experiências. Eles falam sobre sucesso e fracasso, sobre processos de criação e de realização de projetos. Falam de usar a tecnologia em nome de algo grandioso, bom e maduro.

A primeira Make Faire aconteceu em 2006 e provou o quanto o assunto interessa às pessoas. Oito anos depois, em 2014, a edição de feira que aconteceu em Nova York teve um público recorde de 215 mil pessoas!

Todos somos makers!

cultura maker e criatividade

De acordo com Dale Dougherty, “todos nós somos makers por natureza, mesmo que não tenhamos desenvolvido essas características”. Isso quer dizer que todos nós temos o poder, em nossas mãos, de inventar.

Todos temos a habilidade de entender como cada coisa funciona, tocando, montando e desmontando tudo o que está à nossa volta. É essa capacidade de explorar o que está ao nosso alcance que confirma a famosa frase de Aristóteles:

“É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer”.

Obviamente, o filósofo não estava se referindo à cultura maker, pois naquela época isso era uma coisa inimaginável. Todavia, a realidade é que a frase é a que define melhor o conceito do que consideramos cultura maker, assim como a sua aplicação às metodologias de ensino.

Fato é que, se voltada ao ensino, ela pode ser explorada desde os primeiros anos na vida escolar, pois já está mais do que comprovado o incrível potencial de criação e criatividade das crianças.

No entanto, um grande diferencial capacita ainda mais as novas gerações de alunos: eles nasceram em plena ascensão da internet, e a familiaridade com os mais variados dispositivos acabou permitindo que a tecnologia já fosse algo inerente às suas naturezas.

Liberdade de ação e pensamento como facilitadora do ensino

Acabar com a sala de aula tradicional é o primeiro passo para desenvolver a criatividade e pôr em prática os princípios do movimento maker. E, não se preocupe, ninguém sai perdendo! Professores têm seu papel garantido nessa revolução.

A criança precisa ter liberdade para agir e pensar na hora de aprender para que possa desenvolver meios próprios para internalizar o conteúdo passado.

Uma sala de aula que lhe possibilite tal liberdade é determinante para que a criança tenha maior motivação para aprender e passe a produzir mais.

Ter liberdade de ação não significa que a criança pode fazer o que quiser, inclusive não fazer nada. A liberdade, dentro dos princípios da cultura maker, tem a ver com a capacidade da criança desenvolver seus próprios métodos de aprendizado.

Em outras palavras, ela terá liberdade para utilizar o que está a sua volta para entender o conteúdo que está sendo passado. Liberdade, portanto, é desvencilhar-se do formato tradicional de ficar sentado copiando conteúdo da lousa e acatando as explicações dos professores como se fossem verdades absolutas. É, então, questionar.

Criatividade e tecnologia andam de mãos dadas com a cultura maker

criatividade e tecnologia na cultura maker

Já entendemos que um maker se utiliza da tecnologia para dar asas à sua imaginação e colocar em prática uma ideia, certo? É com o auxílio da tecnologia que o pensamento criativo poderá ser testado e colocado em funcionamento.

Impressoras 3D, drones, uso da inteligência artificial e outros recursos são os responsáveis por colocar as ideias de nossos pequenos inventores em prática.

Embora ainda restritos, os recursos da cultura maker, aos poucos, vão ficando mais acessíveis a todos. Hoje o projeto Garagem Fab Lab, que ganhou notoriedade após sua divulgação no programa “Fantástico”, da Rede Globo, já está espalhado por várias cidades brasileiras.

A boa notícia é que, em São Paulo, já é possível encontrar o Fab Lab Livre SP, laboratórios municipais que estão localizados em lugares estratégicos, como no centro da cidade e no extremo leste, para alcançar grande parte da população que não pode frequentar um colégio particular com tais recursos.

A mudança veio para ficar

Não devemos nos assustar ou resistir às mudanças. Os alunos formados por metodologias de ensino baseadas no desenvolvimento da criatividade aliada à tecnologia já estão surgindo e nos apresentando um horizonte inteiramente novo e melhor!

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