Ainda que o estereótipo masculino domine as imagens comuns a respeito da indústria tecnológica, as mulheres sempre estiveram envolvidas com as inovações mais importantes deste meio.
Ainda assim, um dos esforços mais necessários dos últimos anos tem sido a inclusão das mulheres no mundo das inovações tecnológicas. Neste artigo você entenderá a motivação por trás disso e como anda esse processo.
Existem inúmeros casos de mulheres formidáveis que participaram da história e do presente da tecnologia. No entanto, as estatísticas demonstram uma desigualdade impressionante em um mundo que não para de crescer e de exigir mais pessoas especializadas e capazes de levar a cabo a revolução tecnológica.
Ainda que diversas empresas estejam dando importância crucial para esse processo, que resulta em ganhos econômicos e sociais, muito trabalho ainda precisa ser feito para que a proporção entre homens e mulheres nas empresas tecnológicas fique mais igualitária.
Entenda melhor abaixo!
O que dizem os números a respeito da presença das mulheres na tecnologia
A desigualdade de gênero não é um assunto novo. Desde os anos 60, pelo menos, as lutas femininas por maior participação no trabalho tem obtido bons resultados. O que é surpreendente, no entanto, é o fato de que a porcentagem de mulheres buscando formar-se e trabalhar no setor de tecnologia tem diminuído a passos largos nos últimos 25 anos.
Como as maiores empresas do ramo tecnológico estão enraizadas nos EUA, as estatísticas deste país, que conta com 51% da população feminina, são bastante ilustrativas de um processo global.
Não é surpreendente que isso ocorra ao mesmo tempo em que essa indústria não para de crescer?
De acordo com o Instituto Mckinsey, um dos grandes centros de pesquisa econômica dos EUA, as mulheres ocupam apenas 19% das vagas em cursos de graduação em ciência da computação e 26% dos postos de trabalho na área da computação nos EUA.
A situação fica mais grave quando os índices a respeito da presença de mulheres negras e de origem latina são analisados. Ainda que representem 16% da população nos EUA, essas mulheres ocupam apenas 4% dos cargos técnicos no setor de tecnologia.
Essa questão social alarmante é ainda mais preocupante quando consideramos que, nos próximos anos, a demanda por funcionários(as) preparados(as) para ocupar os postos em empresas de tecnologia aumentará 90%.
No Brasil, a situação segue o mesmo compasso da norte-americana. A estimativa divulgada por um instituto de pesquisa da Microsoft aponta que apenas 25% das pessoas empregadas em empresas de TI no país são mulheres.
A falta de mulheres na indústria tecnológica é explicada por vários fatores, alguns deles estruturais, como a cultura masculinista, o preconceito e dificuldade que empresas de tecnologia enfrentam para abrir espaço para diversidade.
Essa situação cíclica é amparada pela baixa representatividade feminina na indústria. Ainda que os primórdios da programação de computadores seja devido aos esforços de pioneiras como Ada Lovelace, uma pesquisa recente no Reino Unido sinaliza que 78% das estudantes entrevistadas não sabiam dar o nome de uma mulher que trabalhava na área de tecnologia. Além disso, apenas 5% das posições de liderança na indústria tecnológica são ocupadas por mulheres.
Diante desse quadro, é natural que meninas e adolescentes sintam-se desencorajadas em direcionar seus esforços para o aprendizado de carreiras atreladas à tecnologia.
É por isso que vamos focar agora nos exemplos do que está dando certo e nos projetos que têm sido aplicados para ampliar a diversidade e a integração das mulheres no mundo tech. Vamos lá?
Como trazer mais mulheres para a indústria da tecnologia?
Segundo algumas estimativas, a equidade de gênero nas empresas de tecnologia deverá atingir índices mais equilibrados apenas por volta de 2025. No entanto, isso não significa que esforços realizados por empresas, ONGs e escolas não estejam surtindo bons efeitos.
O movimento em prol da diversidade de gênero nas empresas de tecnologia tem gerado resultados como a inclusão de posições de liderança focadas em melhorar a representatividade. Essas líderes são, normalmente, mulheres cuja sensibilidade em relação à diversidade ajuda empresas multinacionais a melhorarem seus programas de inovação e quadro de talentos.
Um dos casos mais representativos é o de Lesley Brown, chefe do escritório de diversidade da HP, uma empresa que tem trabalhado para se tornar mais diversa e inclusiva.
Outras empresas de grande porte tem dado importância maior para ações de inclusão e diversidade, até mesmo por conta de diversos estudos que demonstram que empresas mais diversas geram aproximadamente 19% a mais de lucro por conta de inovações.
No Brasil, uma série de iniciativas estão em prática para movimentar e organizar as mulheres que buscam ingressar nesse mercado de trabalho. Entre muitos exemplos está a Anitas, em SC, que busca incentivar a presença feminina no empreendedorismo tecnológico. O #minasprogramam, por sua vez, ajuda meninas e mulheres que querem aprender a programar e não encontram espaço por fatores sociais. De modo parecido, o MINAs é um programa em Recife (PE) que fortalece a presença de mulheres nas áreas de tecnologia e comunicação.
Talvez em resposta aos incentivos sociais e econômicos, as empresas estão começando a dar passos largos para resolver essa dívida histórica. O Google anunciou, dias atrás, inscrições abertas para a capacitação gratuita de 10 mil mulheres na área tecnológica.
Educação tecnológica para meninas
ONGs, ativistas e empresas estão caminhando rumo à inclusão das mulheres no mercado de trabalho tecnológico.
No entanto, para que essa mudança seja firmada de maneira sólida em nossa sociedade, a própria cultura em relação à tecnologia precisa ser modificada.
É com isso que nos preocupamos aqui na codeBuddy. Vemos o potencial de garotas que amam tecnologia desabrochar em nossas aulas e vislumbramos um mundo onde as inovações serão feitas com a participação de todos e todas, para todos e todas.
Trabalhamos com uma metodologia de ensino personalizado – para seu(a) filho(a) e para as novas exigências do século XXI. Se sua filha gosta de tecnologia, usa bastante o celular ou adora games, dê um passo a mais e incentive que a educação tecnológica faça parte de seu dia-a-dia!