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O novo QI: inteligência digital na era da internet

Postado em 2 de setembro de 2020 - por codeBuddy

Você provavelmente já ouviu falar em Quociente de Inteligência, ou QI, como é popularmente conhecido. Utilizado há décadas como método de avaliação cognitiva, o teste leva em conta a idade cronológica e a “idade mental” de um indivíduo. Esse tipo de classificação, entretanto, é alvo de inúmeras críticas e contraposições, entre elas a amplamente respeitada Teoria das Inteligências Múltiplas, do psicólogo Howard Gardner  – que inclui habilidades como as musicais e as corporais – e, mais recentemente, o Quociente de Inteligência Digital.

Em uma era essencialmente tecnológica como a que vivemos, entram em jogo novas competências características desse ambiente, que exigem atenção e preparo. É nesse contexto que foi criado o Quociente de Inteligência Digital (Digital Quotient) pelo DQ Institute, entidade associada ao Fórum Econômico Mundial.

Mas você sabe exatamente do que se trata a inteligência digital? Essa é a pergunta que iremos responder ao longo deste artigo. Continue com a gente!

Adolescente sentada em uma mesa estudando em frente a um notebook.

O que é inteligência digital?

De acordo com o DQ Institute, inteligência digital é um conjunto de competências técnicas, cognitivas, metacognitivas e socioemocionais que permitem aos indivíduos enfrentar os desafios inerentes à vida digital, bem como aproveitar as oportunidades que esse ambiente oferece.

Ela se sustenta em três grandes pilares: a cidadania digital, que diz respeito à habilidade de usar as ferramentas tecnológicas de forma responsável; a criatividade digital, que trata da capacidade de transformar ideias em realidade a partir dessas ferramentas; e o empreendedorismo digital, que consiste em usar esses recursos para solucionar problemas globais.

Tais diretrizes se baseiam também na agenda de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e almejam preparar as novas gerações de jovens para lidarem com as tecnologias emergentes. Esse grupo de parâmetros foi detalhado em oito grandes competências, que se dividem em 24 habilidades, conhecimentos, atitudes e valores a serem ensinados e desenvolvidos desde a infância. Confira abaixo um resumo das principais competências abrangidas pelo conceito de inteligência digital:

Controle de videogame sendo segurado por uma criança que está jogando.

Uso digital e tempo de tela

A tecnologia tem o poder de estar presente em quase tudo que fazemos, da hora em que acordamos até o momento em que vamos dormir. Consequentemente, surge o grande risco, e com ele a compreensível preocupação familiar, de que essa presença se torne excessiva na vida de crianças e adolescentes.

Diante disso, a competência “Uso Digital” (Digital Use), na estrutura elaborada pelo DQ Institute, consiste justamente na capacidade de usar aparelhos e suportes digitais de forma saudável. Assim, deve-se equilibrar o tempo gasto em atividades da vida virtual com o tempo investido na realidade offline, bem como compreender os efeitos colaterais do uso de telas por tempo excessivo, impedindo que elas assumam o controle.

Mão esquerda segurando um celular que está com a tela de senha aparecendo.

Autoproteção e segurança digital

As competências “Autoproteção Digital” (Digital Safety) e “Segurança Digital” (Digital Security) tratam da capacidade de defesa diante de ameaças cibernéticas, sejam elas relativas a fraudes (como golpes, malwares e softwares mal-intencionados) ou à exposição a conteúdos violentos ou obscenos.

Essas habilidades se desenvolvem, portanto, conforme o indivíduo consegue detectar e se proteger de ataques como phishing, spam e outros tipos de fraude, além de saber navegar no ambiente virtual com responsabilidade e segurança para lidar com eventuais problemas, buscando ajuda antes que uma situação saia do controle.

Menino sentado numa mesa mexendo em um tablet.

Inteligência emocional digital

Se no mundo físico a importância da responsabilidade afetiva em relações interpessoais é cada vez mais ensinada, no mundo virtual isso não é diferente. A “Inteligência emocional digital” (Digital Emotional Intelligence) representa a capacidade de ser compreensivo e construir boas relações com os outros online.

Trata-se, portanto, da necessidade de ser empático com os sentimentos de si mesmo e dos outros mesmo sem interação face-a-face, colocando-se à disposição de quem precisa de ajuda ou simplesmente de um ombro amigo para conversar. Consiste também em evitar pré-julgamentos, procurando não se deixar influenciar pelo comportamento de manada típico da internet.

Tais habilidades incluem, ainda, ser honesto com pais, professores e colegas sobre sua vida digital, construindo um bom relacionamento com eles tanto online quanto offline.

Menina segura smartphone, com o qual fotografa um campo de flores.

Capacitação digital

O verdadeiro tsunami digital que tomou o planeta nas últimas décadas ampliou nossos horizontes criativos e expandiu nossas possibilidades de resolução de problemas. Por outro lado, essa imersão tecnológica também pressupõe riscos àqueles que não estão devidamente preparados para aproveitá-la de maneira benéfica.

Nesse sentido temos a Capacitação ou “Alfabetização Digital” (Digital Literacy), que representa a competência de criar e utilizar esse tipo de conteúdo, bem como as habilidades em pensamento computacional. Consiste, então, em saber discernir entre as informações disponíveis na internet, compreendendo os perigos das fake news, dos conteúdos inapropriados e do contato com estranhos.

Além disso, ela também abrange a capacidade de produzir informações e mídias de forma inovadora, utilizando ferramentas tecnológicas para solucionar problemas do mundo real e atender necessidades pessoais e comunitárias.

Identidade e cidadania digital | Menina e menino sorriem enquanto olham para tela de smartphone.

Identidade e cidadania digital

A partir do momento em que nos tornamos usuários da internet, também nos transformamos em cidadãos digitais. E, como qualquer outro tipo de cidadania, isso demanda responsabilidade sobre nossas ações.

A “Identidade Digital” (Digital Identity) é uma das competências descritas pelo DQ Institute e prevê a capacidade de construir, de forma consciente, nossa própria imagem online, de maneira coerente com nosso comportamento offline.

Ela consiste em ter consciência de como construímos nossa própria imagem no ambiente virtual, contando nossas histórias enquanto aprendemos com pessoas de diferentes culturas sem discriminá-las.

Logo do DQ Adopter: Global Standards for Digital Literacy, Skills, and Readiness.

Educação digital consciente na codeBuddy

A codeBuddy é a primeira e única instituição brasileira a conquistar a chancela do DQ Institute. A organização reconheceu o trabalho que realizamos com nossos estudantes para a disseminação dos parâmetros globais do desenvolvimento da inteligência digital na juventude.

Levando em conta os pontos aqui citados que sustentam o desenvolvimento dessas competências, recai sobre as escolas de tecnologia uma responsabilidade cada vez maior. Mais do que formar programadores, nossa grande missão é preparar as novas gerações para os desafios de um mundo cada vez mais conectado.

Aqui na codeBuddy, entendemos que o avanço tecnológico é uma tendência inquestionável e irreversível. Assim, não só apostamos todas as nossas fichas no poder revolucionário dessas inovações, mas também nos preocupamos em capacitar nossos alunos para lidarem com os perigos e desafios que acabam acompanhando esse progresso.

Com mais de 49 unidades presentes em 11 estados, além de aulas no formato online, estamos engajados em levar a educação tecnológica para milhares de brasileiros, tornando simples o que era complexo e desenvolvendo nesses jovens as habilidades de que precisam para criar e inovar. Conheça nossos cursos e descubra como transformamos crianças e adolescentes em líderes digitais não só para o futuro, mas já desde o presente.

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