Como você lida com os sentimentos e emoções, tanto seus quanto daqueles que te rodeiam? Desde muito pequenos, somos expostos a diferentes tipos de desafios, avaliações e cobranças. No ambiente profissional, por exemplo, precisamos lidar com prazos, alcançar metas, ter um bom relacionamento com os demais colaboradores, entre outros requisitos. Por isso, a Inteligência Emocional vem se tornando assunto fundamental para pais, educadores e gestores
O conceito de Inteligência Emocional ganhou força em meados dos anos 1990, ultrapassando os muros das universidades e alcançando a sociedade com apoio da mídia. Naquele momento, houve uma ruptura entre o que configurava um profissional de excelência, até então baseado somente no QI (Quociente de Inteligência), e passamos a olhar a capacidade de lidar com as emoções como um fator determinante para o sucesso.
Neste artigo você vai entender o que é a Inteligência Emocional, como esta ideia evoluiu ao longo dos anos, a valorização desta habilidade no ambiente profissional e os benefícios desta competência para o futuro das nossas crianças e jovens.
O que é Inteligência Emocional?
Uma perspectiva bem atual define a Inteligência Emocional como a soma de habilidades capazes de tornar pessoas aptas a contornar os obstáculos impostos pela vida no mundo moderno. Ao perceber a importância das emoções, é possível direcioná-las para alcançar melhores resultados em diferentes frentes.
Trata-se da capacidade de administrar os próprios sentimentos, compreender as emoções alheias e usar isto a seu favor, estabelecendo relações saudáveis, fazendo escolhas conscientes e adquirindo uma melhor qualidade de vida.
Hoje a IE (Inteligência Emocional) se tornou um importante diferencial para as nossas vidas pessoal e profissional, devido às rápidas mudanças da tecnologia e da sociedade como um todo. Por isso, grandes empresas de diferentes setores já veem a Inteligência Emocional no trabalho como competência fundamental para colaboradores e novos talentos.
De Darwin a Goleman: a história da Inteligência Emocional
Um dos primeiros indícios de estudos sobre o que conhecemos hoje como Inteligência Emocional surgiu a partir da percepção de Charles Darwin quanto à necessidade da expressão emocional para a sobrevivência e adaptação das espécies.
A partir dos anos 1920, vários estudiosos, pesquisadores e teóricos, como os renomado psicólogos Edward Thorndike, David Wechsler e Abraham Maslow, mergulharam no tema e foram aperfeiçoando os conceitos que envolviam a IE.
Em 1980, Howard Gardner propôs em Estruturas da Mente – A Teoria das Inteligências Múltiplas que os seres humanos possuem diferentes e independentes formas de processar informações. Ou seja, somente indicadores de inteligência, como o QI, não são capazes de explicar completamente a nossa capacidade cognitiva.
Em 1985, o termo “Inteligência Emocional” foi utilizado pela primeira vez, na tese “Um estudo de emoção: Desenvolvendo a Inteligência Emocional”, do psicólogo Wayne Payne. Em 1990, um artigo publicado por Peter Salovey e John D. Mayer causou impacto mundial, onde a definiram como “(…) a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros.”
Mas foi a partir de 1995 que o conceito se popularizou e ganhou o interesse do grande público e da mídia, com os estudos do psicólogo e jornalista científico Daniel Goleman, autor do best seller Emotional Intelligence. Em seu livro, Goleman aborda a IE como um tipo de habilidade interpessoal e intrapessoal, e afirma que determinadas características, como empatia e negociação, estão dentro do campo de estudo da Inteligência Emocional e quem as têm chega ao sucesso de forma mais rápida.
Em suas palavras, a IE é “a capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos.”. Confira neste vídeo algumas respostas do jornalista sobre o tema e veja a seguir por que a Inteligência Emocional é a competência do futuro.
A competência do futuro
É inegável que os avanços tecnológicos têm contribuído com diversas melhorias em todos os setores da sociedade. No entanto, com um ritmo cada vez mais intenso nos processos corporativos, assim como as rápidas mudanças que envolvem o trabalho, conseguir acompanhar este ritmo se tornou essencial para um bom desempenho profissional.
Atualmente, é grande o volume de empresas se preocupando em formar quadros de profissionais capazes de se adequar à mudanças, empreender, manter-se focados, ter flexibilidade e dinamismo. Por isso, a Inteligência Emocional virou fator chave em processos seletivos, em que gestores e tomadores de decisão buscam colaboradores que saibam direcionar suas competências emocionais para atingir resultados.
A busca por profissionais com esta habilidade tem objetivos bem claros e específicos, como eliminar ruídos na comunicação e aumentar a empatia entre os colaboradores, fatores decisivos que podem comprometer os resultados de um negócio.
Confira a seguir alguns benefícios da Inteligência Emocional para os profissionais do futuro.
12 benefícios da Inteligência Emocional para os profissionais do futuro
Nos últimos anos, este campo de estudo vem ganhando cada vez mais espaço nos ambientes escolar e corporativo. Para entender a importância de uma educação que fale sobre os sentimentos, veja abaixo 12 benefícios da Inteligência Emocional para nossas crianças e jovens, os profissionais do futuro:
1 – Aumento da autoestima e autoconfiança;
2 – Redução de conflitos em relacionamentos interpessoais;
3 – Direcionamento competente das emoções;
4 – Aumento do nível de comprometimento com metas de vida;
5 – Senso de responsabilidade e melhor visão de futuro;
6 – Compreensão da visão de mundo e dos sentimentos das outras pessoas;
7 – Maior realização profissional;
8 – Equilíbrio emocional;
9 – Desenvolvimento da comunicação e poder de influência;
10 – Superação de barreiras;
11 – Melhor administração do tempo e melhora significativa da produtividade;
12 – Clareza nos objetivos e ações.
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