O aprendizado e, portanto, a educação estão sempre se transformando. Cada vez mais é preciso respeitar o ritmo individual de cada aluno e entendê-lo como forma ativa do conhecimento. É nisso que o ensino híbrido e as metodologias ativas se pautam.
Visando te ajudar a entender como esse modelo pode auxiliar seu filho, decidimos desmistificar alguns fatos. Continue lendo para saber mais!
Mais dever de casa significa maior aprendizado?
Mito. Um estudo estadunidense reforça que, entre 6 a 8 anos, alunos que levam trabalho para casa em apenas alguns dias na semana apresentam índices melhores de aproveitamento nos estudos. A mudança é significativa: de 31% em 1981 para 64% em 2002.
É preciso dar tempo ao descanso e às outras atividades, seja na vida escolar quanto na adulta. Dança, natação e interação com outras crianças são essenciais para o desenvolvimento do aluno. Além disso, eles colaboram para o reforço de habilidades importantes para o futuro.
Os professores são os únicos responsáveis pelo ensino
Mito. Você sabia que aprendizado sem interação é muito mais fácil de ser esquecido do que o que propicia o contato com outras crianças e adolescentes? O ser humano é um “ser social” por um motivo: ele precisa da comunicação para se sentir completo.
Isso faz parte da nossa noção de pertencimento, que se relaciona diretamente à construção da nossa própria identidade. Algo especialmente importante quando ainda estamos entendendo quem somos e quais são as nossas características.
Não só isso, é preciso acabar com essa ideia de que os professores são detentores de todo o conhecimento e os únicos que merecem ser ouvidos. Lembre-se, estamos falando de interação e, portanto, de aprendizado mútuo.
A função do professor, no novo ensino híbrido e nas metodologias ativas, transforma-se na de mentor. Ou seja, é alguém disposto a ensinar e aprender, a guiar e ouvir, a ser prestativo tanto quanto acolhedor.
Alunos de diferentes classes sociais têm diferentes capacidades de aprendizado
Mito! A capacidade intelectual de cada pessoa nada tem a ver com seu status financeiro. Especialmente em países como o Brasil, o único fato determinado pelo dinheiro é que, em geral, pessoas com melhores condições têm acesso a mais oportunidades.
A maior prova disso é que, mesmo diante das dificuldades, ainda é possível encontrar estudantes de origens mais humildes ingressando em universidades referência, como Harvard, Yale e Cambridge.
É uma questão dupla: oportunidade e dedicação, o quanto aquela pessoa está disposta a se esforçar para alcançar um objetivo. Para entender melhor essa dinâmica, compartilhamos o TED Talk da escritora brasileira Ruth Manus, “A escalada dos vulneráveis”:
Salas menores geram maior aproveitamento
Relativamente correto. Um estudo realizado por Eric Hanushek, pesquisador dos impactos da capacitação de professores e efeitos do ensino no desenvolvimento do aluno, compilou 276 médias com base no tamanho das salas de aula.
A verdade é que apenas 11% destas indicavam que salas menores têm efeito positivo no desempenho do aluno. Isso porque o ensino híbrido não se baseia em tamanhos de sala, ele vai muito além disso.
Modelo atual vs. novo método de ensino
Uma pesquisa do Grupo Adidas comprovou que 95% do conteúdo que um aluno recebe vem do modelo formal de educação. Isto é, são salas de aula com alto número de alunos, um professor palestrando sobre determinado assunto e dúvidas ao final.
Essa mesma pesquisa reforçou que esse modo passivo de aprendizado torna o estudante mero receptor. Não é tão surpreendente que 50% desses ensinamentos sejam esquecidos até uma hora depois da aula…
A diferença é que o ensino híbrido e as metodologias ativas trazem o foco para o aluno, tornando-o responsável por escolher o que, quando e como aprender determinado assunto. Neste modelo de educação integrada, ele é guiado, mentorado e ouvido.
Ou seja, ele é parte ativa da troca, aprendendo da forma que é capaz de ensinar. Esse ensino é participativo, pautado na prática e no compartilhamento de conhecimento.
Então, o que esperar para o futuro?
- Uma nova maneira de encontrar e consumir informações. O conhecimento aberto promete substituir os livros pesados pela interação;
- Educação como treinamento, capaz de preparar os profissionais para papéis que precisarão assumir em um futuro breve. É possível que sejamos guiados para ensinos mais especializados, com programas capazes de apoiar essas habilidades;
- Professor como tutor, orientador e mentor, reconstruindo seu significado e tornando-o ainda mais importante na missão de estimular e levar conhecimento aos outros;
- Metodologias híbridas, que misturam o online e o offline a fim de maximizar possibilidades e aprendizados.
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