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5 motivos para não proibir seu filho de jogar League of Legends

Postado em 3 de junho de 2019 - por codeBuddy

Se você tem um filho(a) que é uma criança ou adolescente conectado, é muito provável que ele jogue no computador. Os pais mais atentos já devem ter percebido que jogar League of Legends, ou simplesmente LoL, virou febre.

Por ser um jogo altamente imersivo, no qual cada partida dura entre 35 e 50 minutos, os pais podem começar a se preocupar com o tempo passado na frente da tela. Talvez até achem que jogar League of Legends é uma forma de evitar as tarefas cotidianas e que o tempo passado no computador é sinal de vício

De fato, essa é uma questão para se prestar atenção. É preciso ficar atento e perceber se a prática (esta ou qualquer outra relacionada ao cotidiano tecnológico) está atrapalhando a vida prática e emocional de seu filho ou filha. Se acreditar que sim, é hora de sentar e ter boa conversa.

Busque entender o que está acontecendo e demonstre interesse pelo universo pessoal do seu filho. Até porque o exagero é sempre um problema. Muitos adolescentes, por exemplo, utilizam os mundos virtuais para se isolarem ou fugirem de problemas comuns. Essa é uma fase complicada, afinal, é aqui que o cérebro e a personalidade das pessoas se firmam.

Nem tudo é cem por cento bom ou ruim

Mas é possível que esse cenário negativo não seja o mais realista. Aliás, uma boa negociação inclui conhecimento de ambos os lados, certo? Então aproveite esse momento para entender como funciona o universo do jogo e conseguir negociar o tempo dos filhos no computador com o pé no chão.

Por exemplo, você sabia que uma partida raramente dura menos que 20 minutos e que é bastante comum chegar a 40 minutos? Talvez negociar tempo não seja a melhor alternativa, mas sim limitar o número de partidas por dia.

Especialmente por causa da atenção que jogar League of Legends vem ganhando ao longo dos anos, resolvemos investigar mais a fundo e responder: o quanto o jogo deve ser visto com preocupação pelos pais?

Leia nossa lista com os principais motivos para você ficar tranquilo com a empolgação do seu filho em jogar LoL e entenda como prepará-lo para esse ambiente.

olhos atentos ao computador

1. Jogar League of Legends é uma ótima maneira de treinar a percepção e os sentidos

LoL é um jogo altamente estratégico e detalhista. Para adquirir prática e se tornar um bom jogador (ou jogadora) é preciso um olhar aguçado e capacidade de coordenar a informação visual como um todo.

Assim, a resposta intuitiva dos olhos é especialmente aumentada. Além disso, a precisão de gestos e movimentos é necessária para realizar as principais ações do jogo. Por exemplo: clicar exatamente no lugar certo, na hora certa e de acordo com a situação faz uma partida ser vencida ou perdida.

Isso porque se você não conseguir se posicionar da forma correta, o dano que tomará em ataques pode ser imenso, significando perdas para o seu time.

Sério que jogar League of Legends pode trazer benefícios?

Essa dinâmica de gestos e estratégias é um dos principais sinalizadores de uma atividade que aumenta a capacidade cognitiva dos jogadores.

Além disso, LoL pode contribuir para a expansão da capacidade de adaptação e agilidade mental. O(a) bom(a) jogador(a)  precisa de uma percepção aprofundada de todo o mapa para entender o que o outro time está fazendo e se preparar para possíveis ciladas nas chamadas lanes.

Quem assiste os jogos profissionais sabe: partidas são ganhas justamente por causa dessa visão 360. Isso parece um tanto similar ao mercado de trabalho? De fato, é.

Ser adaptável e entender de todo um contexto é essencial para crescer dentro de uma empresa. Limitar-se exclusivamente à sua função e não ver o contexto geral pode ser o que te torna bom, mas em contexto de startups e empresas com gestão moderna, provavelmente não te tornam extraordinário.

E o LoL pede essa agilidade em mudança de papéis. Um atirador e um suporte podem pertencer à bot lane, mas podem suprir papéis do middle ou top conforme o jogo pedir. E se nada disso for feito em conjunto, em sintonia, bem… não vai dar certo.

trabalho em equipe e habilidades do futuro

2. Um bom jogador, ou jogadora, é um excelente gestor de problemas

LoL é conhecido como um jogo MOBA (Multiplayer Online Battle Arena). Isso significa que é um jogo interativo, no qual o jogador cria equipes e combate outras pessoas conectadas, cada qual em seu computador.

Tratando-se de uma batalha caótica e cheia de detalhes, o bom jogador precisa, necessariamente, de uma boa capacidade de gestão de problemas e de situações. Não é incomum, em jogos competitivos, um time concentrado e com rápida resposta a problemas conseguir virar o jogo.

Você precisa cuidar da saúde (o tanto de energia restante) em seus personagens, observar seu posicionamento em um mapa formado por três caminhos e uma “selva”, o quanto está gastando em itens, habilidades e magias.

Além disso, é preciso entender o tempo gasto em cada operação, localizar e atacar inimigos, formar o melhor combo de itens de acordo com seu objetivo no mapa, entre outras coisas.

O que isso tem a ver com o lado profissional?

No mundo profissional, se você não tem um bom controle de mudanças e não sabe gerenciar crises, especialmente durante projetos, seu dia a dia será muito mais desgastante do que precisa e, seu trabalho, mais propenso a riscos e erros.

A tarefa de calcular gastos, manejar pessoas em uma equipe e criar estratégias pode parecer mera forma de diversão, porém os benefícios do treinamento dessas qualidades pode criar um(a) excelente profissional no futuro.

grupo de pessoas unidas

3. Sem comunicação e trabalho em equipe, não há jogo

Diante da forma como o jogo é estruturado, pode até parecer que seu filho está se isolando do contato com outras pessoas. Essa ideia precisa acabar agora.

Isso porque LoL pode ser de grande auxílio para adolescentes introvertidos e com dificuldades para se comunicar. Por meio de um objetivo comum, os jogadores são levados a coordenar ações em conjunto, manejar o tempo e dividir tarefas. Tudo isso de acordo com estratégias e objetivos que podem mudar a qualquer momento para que o jogo possa ser vencido.

Essa atividade gera efeitos benéficos tanto na vida pessoal quanto na vida profissional. Afinal, capacidades de organização e manejo de projetos são ideias em qualquer empresa moderna.

Muito se debate sobre o ambiente tóxico que essa liberdade de comunicação pode gerar, porém é importante ressaltar que qualquer má conduta durante uma partida pode ser acusada e, o jogador responsável por ela, punido com bloqueio da conta.

Incentive seus filhos a não deixarem jogadores menos dispostos a manter o clima da partida positivo passem desapercebidos. A Riot Games, responsável por League of Legends, está mais atenta a estes problemas e pensa em estratégias para miná-los. A melhor, por enquanto, é o “mute” durante o jogo e a denúncia ao final da partida.

Jogar League of Legends não precisa ser preocupante

4. Desperta o interesse pela tecnologia

Um ou uma gamer tem ser interessado por tecnologia. Começando pelos equipamentos utilizados para o jogo: mouses especiais, configurações da máquina e habilidades relacionadas a melhorar o desempenho dela.

Não à toa um jogador ávido possui uma grande capacidade para entender e lidar com eletrônicos. Além disso, muito frequentemente, crianças e adolescentes querem saber como seus jogos favoritos foram criados. Com isso, aproximam-se de áreas cada vez mais importantes para o mundo contemporâneo, como a programação de computadores e a robótica.

Trabalhar esse interesse pode ser um grande salto para uma especialização que é pouco encontrada no mundo do trabalho. Na codeBuddy, por exemplo, os(as) alunos(as) aprendem a criar seus próprios jogos, adotando uma postura ativa e positiva em relação à tecnologia.

Eles podem solucionar problemas reais e utilizar seus conhecimentos para propagar o bem, como foi o caso de uma professora ao criar o app Baleia Rosa ou dos adolescentes que decidiram colocar a mão na massa e mudar o mundo.

Profissão gamer: jogar League of Legends é para todos

5. Profissão gamer é uma possibilidade

Uma tendência em crescimento são os chamados E-Sports. Essa área é levada por jogadores que se transformam em verdadeiros profissionais, disputando contra equipes do mundo todo e concorrendo a prêmios milionários.

Existem vários times brasileiros que concorrem em títulos como o campeonato brasileiro de LoL (chamado CBLoL) e só os melhores de cada torneio vão para os mundiais. O investimento parece risório? Não se espante ao saber que clubes, como o Flamengo, estão formando suas próprias equipes e disputando esses espaços.

Muitas vezes os pais veem os jogos apenas como diversão e não visualizam a abrangência deste universo. Existem grandes canais de comunicação, eventos de games e um mercado que só cresce, expandindo a economia e alimentando novas áreas que unem diversão, aprendizado e profissionalismo.

A Game XP, por exemplo, é um desses eventos. Ele acontece no Rio e, precisamos compartilhar a novidade: a codeBuddy é a escola de programação oficial do evento!

exagero de computador e tecnologia na adolescência

Mas e o exagero?

Vale ressaltar que não falamos tudo isso para dizer que tudo bem seu filho ficar o dia inteiro sem fazer nada mais que jogar. Absolutamente nada em exagero é bom. Mas, sim, League of Legends é uma opção interessante para passar o tempo, desenvolver habilidades e até mesmo ganhar dinheiro.

Proibir o jogo não é a melhor saída, mas boas conversas e inteirar-se do contexto no qual seu filho(a) participa, é sim. Estando ao lado do seu filho em seus interesses e desafios, e ensinando-o a lidar com a parte mais desagradável da vida online, não precisa se preocupar.

O máximo que pode acontecer é seu(a) filho(a) acabar desenvolvendo um jogo novo e transformar o mundo dos games, como inclusive algumas mulheres já fizeram.

Vale ressaltar que a vice presidente do Google começou justamente lidando com games. Então por que não incentivar seu filho a ir mais longe usando seu interesse por tecnologia para se divertir e fazer a diferença?


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