Se você é um pai ou mãe, com certeza tem receios quanto aos perigos da internet aos quais seus filhos estão sujeitos. Como sabemos, a internet pode ser uma forma incrível de adquirir conhecimento e até mesmo colaborar para o desenvolvimento educacional das crianças.
No entanto, o anonimato e a dificuldade das autoridades em regular as condutas no mundo virtual fazem com que a internet seja vista como um local perigoso e cheio de armadilhas. Afinal, a burocracia naturalmente encontra dificuldade em acompanhar ambientes tão dinâmicos quanto este.
E a gente entende que esse medo pode resultar naquele certo pânico que os pais sentem e os fazem querer saber o que seus filhos e filhas andam fazendo. Com quem será que conversam no celular? O que postam e compartilham, já que passam horas olhando para a tela do
computador?
Nesse contexto, alguns fenômenos aterrorizantes aparecem de quando em quando, fundamentando hipóteses que criamos na cabeça. Se você já ouviu falar de desafios como a “baleia azul” ou o mais recente “desafio da Momo”, sabe do que estou falando.
A codeBuddy acredita que a tecnologia pode ser uma grande aliada na educação, usada para a resolução de problemas reais. Por isso, preparamos algumas dicas para lidar com essas situações que geram insegurança e medo nas famílias do mundo tudo. Vamos lá?
Desafios perturbadores para crianças?
O desafio da Baleia Azul causou um desespero entre 2016 e 2017, quando números desconhecidos de whatsapp começaram a abordar crianças. O convite era para que participassem de um desafio que deveria durar 50 dias, no qual as tarefas ficavam cada vez mais mais complexas e perigosas.
Logo as sugestões de assistir um filme de terror sem ninguém por perto tornaram-se desafios brutais que ameaçavam a própria vida da criança. A contrapartida veio em forma de um novo aplicativo, chamado Baleia Rosa, sobre o qual falaremos ainda neste artigo.
Mais recentemente, voltamos a encarar algo semelhante. O desafio da Momo usava a imagem de uma boneca horripilante para amedrontar e provocar que crianças fizessem desafios similares ao da baleia azul.
Neste caso, a imagem era inserida no meio de programações infantis inofensivas, como Peppa The Pig, em plataformas como o YouTube Kids. As instruções indicavam que, caso a criança não fizesse o que foi pedido, a boneca sairia da tela para atacá-la.
Apesar de tudo que foi falado a respeito do assunto, o YouTube Kids lançou uma nota dizendo que não existiam vídeos com conteúdo do desafio da Momo em seu canal e que estavam cuidando para que isso continuasse assim. De fato, suas políticas não permitiriam conteúdo com este teor.
Especialistas acreditam que desafios do tipo são fortalecidos quando se tornam lenda urbana, pois atingem os medos naturais que os pais sentem pelo bem-estar de seus filhos. A pergunta que fica é: será que as crianças realmente ficariam 50 dias praticando atos bizarros, sem seus pais notarem e sem pedir ajuda?
Tudo depende da relação que as crianças têm com seus pais e educadores, ressaltando porque a comunicação precisa ser uma via de mão dupla, tanto quanto possível livre de julgamentos. Separamos outras dicas para garantir a segurança online das crianças e que nenhum pai ou mãe perca a cabeça com esses assuntos de novo.
Garantindo a segurança online das crianças
Crianças são seres em formação, que normalmente não conseguem esconder quando há algo errado. São as primeiras a falarem dos seus dias sem pensar duas vezes e o silêncio pode ser indicador de que é um bom momento para uma conversa entre pais e filhos.
De qualquer forma, é difícil imaginar uma criança praticando automutilação sem que seus pais percebam. Já nas redes, o cyberbullying age de forma mais discreta, tornando necessária a presença dos pais para entender os comportamentos dos seus filhos e compreender quais de fato são sinais de alerta.
Medidas básicas contra os perigos da internet
Além disso, é preciso alertar aos pequenos que números desconhecidos no whatsapp devem ser ignorados, assim como os pedidos de amizade de desconhecidos em redes sociais. Conteúdo pessoal não deve ser compartilhado publicamente, nem mesmo no Instagram.
Observe os conteúdos consumidos, tanto em canais como YouTube Kids quanto em jogos para crianças e outras formas de diversão interativas. Se um vídeo assustador aparecer, a criança deve ser orientada a comunicar os pais. Estes, por sua vez, podem dar um passo à frente e entrar em contato com sites como YouTube e Google para evitar que a mensagem se propague.
Medidas simples como estas fazem parte do uso consciente e construtivo das tecnologias, sem que seja necessário proibir ou regular radicalmente o uso de gadgets, como celulares e tablets.
Propagando medidas educativas
Todos os fenômenos, mesmo os mais estranhos e assustadores, podem ser utilizados como uma maneira de educar e fazer o bem. A tecnologia tem um fator: depende inteiramente de quem a está utilizando.
Foi o caso de uma educadora de São Carlos-SP que aproveitou a onda da Baleia Azul para criar uma proposta positiva. O desafio da Baleia Rosa, cujo intuito era promover uma “corrente do bem”, foi criado em 2017 por Bárbara Odonho.
Sua motivação? A curiosidade e interesse dos seus alunos pelos desafios negativos. Seu objetivo? Direcioná-la para algo construtivo e positivo. Os desafios variavam desde fazer uma ligação para os avós até dizer algo positivo ou elogiar uma pessoa.
As tarefas orientavam a conduta das crianças em direção ao amor e à generosidade. Incrível, não é? E deu super certo!
Esse exemplo pode ser muito inspirador para pais que buscam formas de criar seus filhos com valores positivos, já que vivemos em um mundo cheio de notícias ruins. Crianças adoram desafios, isso é um fato, e isso pode ser aproveitado para o bem.
Percebem a oportunidade? É por isso que a tecnologia é uma aliada tão boa da educação. Afinal, os jogos são, em geral, uma maneira de desafiar o intelecto e a percepção das crianças.
Transformando a relação com a tecnologia
A tecnologia está em todos os cantos. Nas mãos, bolsos e mentes das pessoas. Por isso, acreditamos que a melhor solução para o interesse desenfreado das crianças nesse universo é trabalhar para que seu uso seja consciente e construtivo.
É por isso que a codeBuddy busca oferecer conhecimentos que transformam diversão em aprendizado, por meio do ensino de áreas como programação de computadores e robótica para crianças e adolescentes.
Trata-se de nos prepararmos para um futuro que já está acontecendo, com aspectos positivos e negativos. E você, qual é sua opinião sobre o assunto? Comente abaixo e enriqueça nossa visão!