Computadores, celulares, tablets, televisores. Os gadgets estão tão inseridos em nossas vidas que se tornou difícil imaginar o mundo contemporâneo sem a sua influência. As telas se tornaram o centro de grande parte de nosso entretenimento, informação, comunicação, e a cada dia fala-se mais da importância da tecnologia na educação.
É realmente difícil imaginar situações do passado — como a impossibilidade de se ligar para alguém em um momento de emergência – sem nos sentirmos aterrorizados. Além disso, a internet se tornou móvel e um verdadeiro oceano de possibilidades pode ser alcançado na distância de alguns toques. Isso significa informação e conectividade, mas também pode ocasionar ansiedade, dependência e insônia.
Entre os toques e horas de navegação entre seus próprios gadgets e a vida familiar, é natural que os pais se preocupem e busquem maneiras de regular, positivar ou apenas de manter a vida tecnológica de seus filhos em um patamar aceitável.
Isso, porque os adultos de hoje – pessoas que cresceram em um mundo sem internet – ainda estão reconhecendo os efeitos que a tecnologia pode ter no desenvolvimento de seus filhos e nas novas gerações que aprendem a mexer em celulares, tablets e computadores desde cedo.
Que tal falarmos sobre esses efeitos e como lidar com a presença constante da tecnologia na vida das crianças?
Uma das missões da codeBuddy é oferecer mecanismos para positivar a relação entre pais, filhos(as) e a tecnologia. Por isso, separamos algumas reflexões a respeito da quantidade (e da qualidade) ideal para o uso da tecnologia.
Vamos lá?
A tecnologia como distração
Vamos direto ao ponto, pois essa é uma atitude muito comum dos pais desde a invenção da televisão, pelo menos.
Por mais dedicados que os pais possam ser, criar filhos é uma tarefa desafiadora e exigente. É preciso ter paciência em dobro e muita força de vontade para lidar com os caprichos dos pequenos depois de dias de trabalho intenso.
É por isso que muitos pais e mães usam a tecnologia para distrair as crianças. Para evitar problemas e para que fiquem quietos. Nesse sentido, é comum que sejam ditas frases como “vai mexer um pouco no celular”, “vá ver um pouco de TV”, “vá jogar no tablet” etc.
Ainda que ninguém seja de ferro e um joguinho ou canal do YouTube Kids possa ajudar a ter aquele momento de paz de vez em quando, associar o uso da tecnologia à distração é uma atitude que pode ser perniciosa para o desenvolvimento das crianças.
Muitas vezes são justamente os pais que mantém essa atitude aqueles responsáveis por regular a atividade tecnológica dos filhos mais pela quantidade do que pela qualidade. E esse é um dos maiores problemas segundo a psicóloga Jocelyn Brewer, que aponta a vida online como uma espécie de dieta: é mais importante você pensar no que você come do que calcular a quantidade de calorias diárias.
Você pode manter a rigidez e obrigar seu filho(a) a utilizar a internet apenas 2 horas por dia, mas isso não será uma ação eficaz, caso esse tempo seja gasto com conteúdo de baixa qualidade.
A melhor saída para esse impasse entre qualidade e quantidade é justamente integrar o uso da tecnologia com a vida familiar, ou seja, não basta triangular o tempo dos pequenos na frente da tela. É preciso sentar com eles, jogar junto, certificar-se que a tecnologia não seja uma forma de alienar-se do mundo, mas sim uma interação positiva para o desenvolvimento da criança.
Como limitar o uso abusivo da tecnologia
Existem muitos fatores positivos do uso da tecnologia no desenvolvimento das crianças, muitos deles já abordados no blog da codeBuddy, como o uso de jogos para auxiliar o desenvolvimento lógico, ou da programação como um mecanismo moderno educacional.
Além disso, mesmo em casa, podemos considerar que aplicações como o YouTube e jogos como o Minecraft são ótimas ferramentas educacionais, especialmente se o uso for acompanhado da presença e interação dos pais, como sugerimos no tópico anterior.
No entanto, o excesso do uso da tecnologia pode ser um grande problema ao fundamentar nas crianças alguns costumes e práticas perniciosas, típicas da era da informação. O uso descontrolado da tecnologia pode gerar ansiedade, depressão e inabilidade para interações sociais.
Por isso, apesar da qualidade do uso da tecnologia ser mais importante do que a quantidade, alguns pais podem sentir a necessidade de limitar o tempo de uso dos aparelhos durante a semana. Isso não é uma ideia ruim. No mundo de hoje, vemos casos de crianças que passam noites assistindo youtubers ou interagindo em jogos inapropriados para suas idades.
Um dos maiores problemas do excesso do uso de aparelhos com telas é o prejuízo ao sono. Tudo pode piorar se as crianças tiverem televisão no quarto, o que auxilia a natural energia das crianças.
O uso excessivo de celulares ou tablets comprovadamente piora tanto a capacidade de pegar no sono quanto a de manter-se nesse estado. Nesse sentido, é importante desligar os aparelhos de TV quando não estiverem sendo usados diretamente e, especialmente em momentos de interação familiar, como almoço ou jantar.
Mas o que fazer?
Atividades alternativas
Nesses mesmos momentos de interação, os pais podem sugerir atividades similares, mas que não envolvam eletrônicos, como jogos de tabuleiro ou brincadeiras no jardim.
Atividades físicas
Incentivar a criança a fazer atividades físicas pode ser uma grande saída para aquelas que demonstram fascínio exagerado pelos gadgets.
Ajude a criança a escolher as atividades
Participe ativamente da escolha de jogos, programas e sites acessados pela crianças. Não fará mal pesquisar no Google, ver resenhas e informações capazes de indicar se o conteúdo é apropriado ou não.
Regule seu próprio tempo de uso do tecnológico
O uso exagerado da tecnologia não é um problema apenas para as crianças. É só dar uma pequena volta por um vagão de metrô ou em qualquer rua para perceber que todos estão com a atenção voltada para a tela de um celular.
É importante dar o exemplo. Regule o tempo de tecnologia em sua vida e aprenda a utilizá-la de maneira consciente. Os eletrônicos podem se grandes aliados para uma vida mais saudável. A escolha é toda sua.
Por hoje é isso. Tem alguma sugestão? Ficou alguma dúvida? Comente! A codeBuddy espera crescer a partir de seu feedback!